De Chalé...
Para Belo Horizonte...
A escrita da tese...
O lançamento do livro "O uso do portfólio no ensino superior"
Uma história que começa nos movimentos religiosos desde a infância...
[...] Foi por meio do
envolvimento no movimento com a pastoral da juventude que obtive uma motivação
necessária para aprender a tocar violão. Com o aprendizado das notas musicais
principais em pouco mais de um mês de aula, já havia me transformado em uma grande
animadora de encontros de adolescentes/jovens, de festas religiosas, missas e
nas reuniões das Comunidades Eclesiais de Bases - CEBs. Os debates e os fóruns
religiosos me inspiraram tanto que cheguei a compor algumas músicas. Uma delas
intitulada Terra de Deus, terra de irmãos[2] foi vencedora de um festival de música sacra que
realizamos. Em rituais de comunhão e solidariedade éramos capazes de fazer
aflorar a fartura, a bem-aventurança, a essência da vida (nos reuníamos em
mutirões para ajudar uns aos outros em suas necessidades). Em grupo sonhávamos
viver num país mais harmônico, cuja ecologia fosse a fonte da manutenção da harmonia
entre os homens. Entre a adolescência e a juventude vivida, me desenvolvi lendo
Leonardo Boff, Frei Betto, seguindo as orientações da terceira Conferência
Geral do Episcopado Latino-Americano realizada em Puebla de los Angeles,
no México,
em 1979,
que tinha como princípios evangelizar por meio de pastorais e das CEBs. Os
objetivos principais desse trabalho eram reconhecer uma sociedade em
transformação, evangelizar tendo a opção pelos pobres, para libertação,
comunhão e participação do homem em sua vida social, visando a construção de
uma sociedade fraterna (PUEBLA, 1979). Experienciando ações libertadoras, via
um mundo de possibilidades, em que a igreja focasse, em suas pregações e ações,
os pobres e oprimidos, em que os partidos políticos de fato empunhassem em suas
bandeiras a defesa das crianças, dos jovens e dos idosos deste País. Não via a religião, nem a política, como fontes
de disputas, de lutas entre si, mas defendendo o ideal, a utopia de ver o
Brasil nascer de novo, crescer e viver de forma límpida e transparente como um
rio em sua nascente. Naquele período da minha vida, mesmo que o País e o mundo
atravessassem guerras civis e militares, não era possível fazer fenecer o
brilho contido nos meus olhos – de ver e viver a paz, de que todos os homens descobrissem
em si mesmos suas possibilidades humanas de libertação e de transformação
social (REZENDE, 2010, p.70)
Das
ações libertadoras como líder religiosa às estratégias da docente
Assim que conclui o magistério em 1985, fui contratada pelo Estado para dar aulas na zona rural, num distrito de Chalé, chamado Coco[3]. Transferi para minha prática docente ainda bem rudimentar as experiências adquiridas no trabalho como líder religiosa, supradescrito. Nesse sentido, em minha trajetória fui buscando, em diferentes teorias, principalmente
Referência:
REZENDE, Márcia Ambrósio Rodrigues. A
relação pedagógica e a avaliação no espelho do portfólio: memórias docente
e discente. 2010. 278f . Tese (Doutorado) –
Universidade Federal de Minas Gerais, Faculdade de Educação. Belo Horizonte.
Disponível em:
<http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/1843/FAEC-87YPQC/1/tese_completa1.pdf>.
Márcia, seu sucesso me deixa muito feliz!
ResponderExcluirAcompanhei de perto sua luta, logo que veio para BH...
Competência foi sempre sua marca registrada.
Deus lhe abençoe sempre!
Bjs!